Maternar é difícil quando tudo tem um rótulo e um manual.
Cama compartilhada, berço, livre demanda, BLW, introdução alimentar tradicional, criação com apego.
Ser mãe em 2019 é assim, você escolhe uma das alternativas, entra para o clube e se posiciona para o mundo.
Caso contrário, seu maternar estará fadado ao fracasso, seu filho emocionalmente abalado e lógico, não fará o desfralde antes dos 28.
Maternidade não é ciência exata.
Não temos um estatuto das boas mães e você não é obrigada por lei, por força, muito menos pela internet, a limitar as suas possibilidades.
Rótulos e nomes trazem pesos e amarras.
Veja que incrível, o bebê pode dormir no berço ou na sua cama, mas pode também, por que não, fazer um mix disso tudo.
Ele pode dormir no quarto dele, aparecer no seu na madrugada, ou pintar por lá as 6 da manhã para um cafuné.
Ele pode dormir com você e tirar sonecas no berço, no sling, na casa da mãe Joana, do bisavô Antônio.
A amamentação, por sua vez, não deve se basear no relógio, mas ela não precisa fechar os seus olhos para outras necessidades que SÓ VOCÊ será capaz de ler.
Estaria o bebê com frio?
Calor?
Entediado?
Precisando de um banho para tirar a nhaca?
A alimentação pode ser BLW mas se o jantar for sopa, bora dar com a colher!
Se papinha for a sua escolha, nada impede de dar uma banana na mão dessa criança sempre que te der na telha.
E olha só: não precisamos nomear tais práticas.
Até porque, o real nome disso é bom senso.
Maternar com apego é atender as necessidades de cada fase porém, ouso acrescentar que, não devemos subestimar a importância de dar ao bebê uma mãe que está BEM.
B-E-M, com letras garrafais!
Seu filho precisa da SUA saúde emocional e mental.
Precisa de você BEM!
E embora o primeiro ano do bebê seja de muita doação, esquecer que você é GENTE não é a única rota.
Pelo amor de Deus, pelo amor próprio e pelo amor do seu filho, se livre de regras e personalize o seu maternar.
Lembre-se que em meio a um mar de nomenclaturas sempre haverá o meio termo.
E apesar de não ter nome especial e de não ser famoso, o meio do caminho pode ser leve e surpreendentemente maravilhoso.
Texto de Rafaela Carvalho
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