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A foto não está boa, mas ela reflete muito pra mim sobre o maternar.

Eu estava na academia, na bicicleta, quando escutei alguns gritinhos de bebê. E pra minha surpresa, próximo de onde eu estava, tinha uma criança em seu carrinho, assistindo desenho em um celular. Ela ria e se divertia dividindo a atenção entre o Bita e a academia.

De cara pensei. Poxa, a mãe dessa garotinha está esfregando na cara de todo mundo que só não pratica atividade física quem não quer. Fiquei admirada com aquilo. A boa vontade em se exercitar.

Na mesma hora procurei ao redor quem poderia ser a mãe daquela pequena. Não encontrei. A pessoa que estava mais próxima a ela era uma senhora que olhava horrorizada a cena. Ela parecei não acreditar que tinha um bebê ali.

Alguns minutos depois a mãe chegou e se exercitou próximo ao carrinho. O pai, que identifiquei depois, estava o tempo todo perto da criança, em uma esteira.

Mas porque contei essa história? Porque tenho certeza que muitas pessoas viram aquela cena e pensaram “Que tipo de mãe leva um bebê pra academia? Sabe quantos acidentes podem acontecer nesse ambiente com uma criança?”. Sim, com certeza muitas pessoa pensaram isso.

Mas sabe quantas pessoas olham para as mamães que não voltaram a forma de antes da gestação com desprezo? Quantas pensam “o filho dela já tem um ano e ela continua acima do peso”? Muitas também.

As mulheres são cobradas e julgadas a todo momento, e ao se tornarem mães, os julgamentos multiplicam.

Antes de ter filho eu costumava pensar "porque aquela mulher deixou de lado os cuidados com a aparência depois de ter filho?". Hoje não julgo mais. 

Então eu te convido a passar a olhar o outro com mais empatia. Deixar o amor falar mais alto que o julgamento. Se colocar mais no lugar do outro e menos contra o outro.

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