Empatia. Nunca essa palavra fez tanto sentido quanto quando estamos diante de uma mãe que perdeu um filho. Empatia. Impossível não sentir a dor dessa mãe. Impossível não se compadecer.
De todas as tristezas e absurdos que presenciamos nessa semana, pra mim o que mais doeu, foi pensar nas mães dos atiradores de Suzano.
E você vai me perguntar: a mãe dos assassinos? Sim, elas!
Me coloquei no lugar delas. Não só perderam os filhos, como viram cenas terríveis do que eles foram capazes de fazer. Antes mesmo que elas pudessem se culpar pelo que aconteceu, já haviam dedos suficientes apontados para elas.
Veja bem, não estou culpando, nem isentado da culpa, essas mães. Quem sou eu pra isso. Mas realmente acho que nenhuma mãe deveria passar por isso.
A maternidade nos carrega de culpas que levamos pela vida. Culpas que nos martirizam, que pesam no nosso coração.
A mãe que perdeu o filho afogado, se culpa por ter instalado a psicina, ou por ter esquecido a porta da cozinha aberta. O jovem morre em um acidente e a mãe se culpa por não ter tentado segurá-lo em casa.
E a gente vai se culpando pelos tombos, machucados e problemas dos nosso pequenos como se a culpa fosse sempre nossa.
Mas não é que as vezes a culpa pode até ser nossa mesmo.
E quando temos essa certeza, deixamos ela nos destruir, nos consumir, nos dominar.
É assim que a culpa funciona.
E temos duas opções. Podemos tentar seguir em frente, ou deixar que ela nos paralise.
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