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A preocupação que nunca acaba


Ontem assistindo TV, não consegui segurar as lágrimas. Chorei. Chorei tanto que até tive dificuldade para dormir.

O gatilho foi algumas reportagem que vi sobre os 10 adolescentes que morreram no Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, após um incêndio no alojamento que estavam. Mas esse foi o gatilho. Meu choro foi, na verdade por pensar em quantas chances existem de 'dar errado' nosso papel de criar os filhos.

Quantas noticias você já viu sobre crianças que morreram nas escolas, nas ruas, em parques e clubes? Quantas crianças morreram dentro de casa? Enquanto escrevo, mais uma criança pode estar sendo vítima de um acidente, de um crime ou de uma fatalidade.

A gente não pensa nessas coisas antes de sermos mães. Pensamos na fatalidade do acontecido. Na tristeza das vidas perdidas. Ao se tornar mãe tudo muda. Você pensa: Tenho 2 filhos em casa. Se um quiser jogar futebol, pode vir a morar fora de casa, na mesma condição que os meninos do Flamengo.

Quando um homem entrou em uma escola e colocou fogo em várias crianças, pensei "será que meus filhos estão seguros na creche?" E isso segue dia após dia, notícia após notícia.

E por mais que as pessoas falem, ou você mesma tente se convencer de que tem coisa que não cabem a você, que estão fora da sua limitação de ser humano, a cabeça ainda insiste em pensar: "e se...".

E se fosse com meu filho. E se eu estivesse no lugar daquela mãe. E se eu colocar meu filho em risco de alguma forma. E se...

Confesso que em meio a tantos "E se", ontem pensei se realmente era uma boa ideia ter filhos. Se realmente valia a pena uma vida de medo e preocupação. O mundo está muito feio.

A noite foi longa, mas pela manhã, o sorriso dos meus pequenos responderam meus pensamentos. Vale a pena sim. Vale muito a pena. A vida é um risco e as chances de dar certo são grandes.

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