Socorro, meu filho começou a bater nos colegas!

COMPORTAMENTO

Recentemente fui pega de surpresa com uma situação nova com meu filho mais velho. Ele estava batendo nos coleguinhas da escola. E não foi uma ou duas vezes. Foram várias vezes. Ele chegou a bater em 3 coleguinhas no mesmo dia.

Imagina minha reação. Fiquei sem chão. Pensei mil coisas e comecei a pesquisar bastante.

Em minhas pesquisas, descobri que essa fase que ele está, da pré-escola (entre 2 e 4 anos) as crianças, de forma geral, tem mais dificuldade em dominar as emoções. Quando elas são contrariadas, não tem maturidade emocional para se controlar e acabam reagindo de forma brusca. Umas, mais sensíveis, choram. As mais explosivas, partem para agressão.

Isso foi explicado por Freud, em sua Teoria da Personalidade. Lá ele afirma que ao nascer, a pessoa tem apenas a primeira estrutura, a instintiva, o que faz com que, nos primeiros anos de vida, a criança exija o atendimento imediato das vontades e necessidades. Ao sentir fome, frio, dor, o bebê se coloca a chorar, em busca de socorro.

Aos poucos, vai se formando a segunda estrutura da criança, o Ego. É nessa época que a criança desenvolve a capacidade de suportar as frustrações, os desejos não atendidos ou adiados. Quanto mais o indivíduo desenvolve a tolerância à frustração, mais ele cresce e se fortalece.

A agressividade da criança depende ainda de outros fatores:
- Intensidade da raiva;
- O grau de frustração a qual foi submetida;
- Como a família e pessoas próximas agem em relação a agressividade dela;
- A observação de modelos agressivos de pessoas com quem convive;
- Como ele associa a ansiedade à agressão.

Pesquisas comprovam que a agressividade das crianças é uma reação natural e inevitável à frustração.

Como agir diante da agressão dos filhos?

Em primeiro lugar, nada de bater na criança para ensiná-la que não se deve bater no coleguinha. As ações dos pais são modelos a serem seguidos pelos filhos.

Nossa ação deve ser firme e segura, porém carinhosa. Se ela tenta nos bater, devemos segurar as mães, evitando a ação, e falar de forma séria que o que ela está fazendo é algo errado. Outra forma de lidar com a situação é deixar de fazer algo que a criança goste muito. Uma espécie de castigo.

O importante é deixar claro pra criança que você entende que ela está com raiva e frustrada, mas que bater não é a solução, e que você não aceitará esse tipo de atitude.