VIDA REAL
Esses dias fui a missa com meus dois filhos, preparada pra não participar direito, já que estaria olhando duas crianças sozinha. Realmente não consegui acompanhar nada direito, mas não foi por causa dos meus filhos, mas de duas crianças que estavam sentadas próximas ao banco que eu estava.
As crianças, aparentemente, se conheceram naquele momento. Tinham entre 2 e 3 anos e pareciam ter se identificado. Durante cerca de meia hora, elas correram de um lado pro outro, gritando, batendo pé, pulando nos bancos. Tudo isso sob o olhar indiferente dos pais que as acompanhavam.
Nos bancos próximos a elas as pessoas se sentiam incomodadas. Os gritos estavam realmente altos. E eu, sentada atrás das duas famílias das crianças, também me incomodava, mas não com os pequenos (se eu deixar, meus filhos também destroem a igreja). Eu estava incomodada com os pais, que mesmo vendo a algazarra que estava sendo feita, em um ambiente que requer silêncio, não fizeram nada.
Fiquei pensado em como as crianças da minha geração foram criadas, e como as de hoje estão sendo. Pensei também nas com sequencias disso pro futuro delas.
Na minha época, locais onde exigiam silêncio, fazíamos silêncio. Quantas vezes cheguei a dormir na missa porque tinha que ficar sentadinha. Nós respeitávamos os pais. Não era não. Se discutisse, sabia que ir ser corrigido.
Hoje as crianças mandam em casa. Elas definem o que querem comer, vestir, fazer e quando vão fazer. Os pais vivem como meros expectadores das escolhas delas. Claro que isso não é a regra, mas pelo que vejo no comportamento de muitas crianças, isso representa a maioria.
Quero convidar você a repensar sua relação com seu filho. Pense nos prejuízos de se criar uma pessoa que não sabe ouvir, sem limites, que faz tudo o que quer, sem diferenciar o certo do errado.
Somos responsáveis pelo futuro dos nossos filho.
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