Para o casal a gravidez é um período de adaptações.
São adaptações em todos os sentidos; adaptações físicas, emocionais,
existenciais e também sexuais. É importante ressaltar que a necessidade de
adaptação não afeta só a mulher, nessa fase, mas também o homem. De acordo com
algumas pesquisas, a atividade sexual, durante a gravidez, costuma sofrer uma
redução de 40 a 60 por cento.
De acordo com a neuropsicóloga e sexóloga Sônia
Eustáquia Fonseca existem homens que vem ou sentem a gravidez como sagrada e
por isso o desejo sexual fica completamente hipoativo. No caso da mulher a
libido se volta para a maternidade e até mesmo para o próprio corpo grávido,
não sobrando nada para o sexo genital. Algumas mulheres se sentem menos
feminina e feia durante a gravidez, e isso também pode atrapalhar as relações
sexuais. É muito comum também existirem repressões sexuais de todos os níveis
na maternidade. “A educação sexual recebida na infância, pela família e
sociedade dita muito mais as leis do inconsciente do que as informações
recebidas do médico e sexólogos”, diz Sônia.
Mas isso não é uma regra. Há homens que adoram
grávidas e acham até que lhes produz mais frisson e existem mulheres que ficam
muito excitadas na maternidade. “Quando coincide do casal estar feliz com a gravidez
e preenchido pela graça dela, eles ficam ótimos. Conseguem sentir desejo e ter
relações sexuais até bem perto do parto. Normalmente, esse estado de graça não
afeta o humor no sentido da ansiedade, o máximo, para o “marinheiro” de
primeira viagem é ficar preocupado com o dia do parto, e os preparativos para o
nascimento do bebê”, afirma a sexóloga.
Sônia Eustáquia ressalta que sexo na gravidez é
saudável. “O orgasmo é o mesmo do ponto de vista bioquímico, são muitos os
neurotransmissores do bem que atuam nesse momento. A mulher se sente valorizada
e a autoestima aumenta se ela é desejada pelo parceiro. Por isso é muito bom”,
diz. Sônia também afirma que é comum o feto mexer muito no momento do orgasmo
por causa das contrações uterinas que acontecem durante o prazer orgástico.
Estes movimentos que veem do próprio orgasmo são sentidos como muito bons para
as mulheres.
Sônia Eustáquia Fonseca é Psicóloga, neuropsicóloga, pós-graduada em Sexualidade
Humana. Especialista em Terapia Breve para diagnóstico e tratamentos de
conflitos e disfunções sexuais.
Professora de Teoria Psicanalítica da Sexualidade. Membro da
Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Palestrante de diversos
temas sobre Afetividade e Sexualidade em vários Estados do Brasil.
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