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De mãe pra mãe

Hoje no "De mãe pra mãe" vamos conhecer a história da Janaína Mangerote, 
mãe do Samuel 


Fui a Brasília visitar parentes. Fomos (Eu, meu esposo, meu filho e minha irmã) de carro e chegamos por volta das 14hs. Na casa da minha prima tem 6 cachorros. Todos amam brincar de pegar a bolinha. Alguém envia e um deles trás de volta. Uma das cachorras, a Brisa, nada e aquela história encantou o Samuel. Imediatamente foi orientado a não entrar na água. Menos de uma hora depois,Samuel me pediu um suco. Não havia na casa e fui fazer. Ele saiu da cozinha e alguns minutos depois (2/3 minutos), a cachorra Brisa chegou até nós molhada. Imediatamente pensei “se ela está molhada, Samuel pode estar”.
Gritei ele pela casa e nada. Eu não queria ir para a piscina. Ao olhar de longe, vi os chinelos de Samuel boiando. Eu não queria ir até a piscina, mas ouvi nitidamente Deus falando comigo “Vá até lá, algo aconteceu”. Lembro-me que caminhei devagar até a piscina. Não queria acreditar. Há cerca de 1 ano e meio, um casal de conhecidos perdeu seu filho de 2 anos afogado. Só pensava nisso.
Ao chegar até a piscina, ele estava completamente submerso, virado para baixo. Bem no fundo da piscina. Dei um grito, pulei na água e o tirei de lá.
Ele estava com olhos abertos, já acinzentados, língua enrolada e para fora, o rosto já estava roxo, barriga afundada e sem pulso e respiração. Tenho convicção de que ele estava morto! Eu disse “Deus tem misericórdia”. E o Senhor disse forte ao meu coração “Me adora”.
Minha irmã veio e meu esposo. Todos nós ficamos assustados. Minha irmã já havia visto um resgate de afogamento no Rio de Janeiro e tentou fazer boca a boca, orientando meu esposo a fazer massagem peitoral no meu filho. Neste momento, a minha prima já estava ao telefone com a médica do SAMU que começava a nos orientar.
Enquanto isso, eu apenas orava e adorava ao Senhor. Após alguns minutos de primeiros socorros, ele retornou a respirar, e veio o primeiro chorinho.
Sou uma pessoa de fé e, como mãe, tenho convicção de que meu filho foi ressuscitado. O chefe da equipe do SAMU, que nos atendeu, comentou inclusive que em 11 anos de atendimento, eles nunca recolheram uma criança viva vítima de afogamento. Infelizmente na maior parte dos casos, com submersão completa, a morte é esperada.
Além disso, o Samuel foi diagnosticado sem sequelas. Os médicos já esperavam algumas. Apenas restou uma infiltração nos pulmões por ocasião do afogamento. Pneumonia por afogamento. No sábado a noite recebemos a notícia de que ele precisaria ficar uma semana em observação. E ao oramos eu e meu esposo, após um novo raio X, a médica disse: “Olha, não sei o que aconteceu, mas os pulmões deste garoto estão perfeitos, nem respiração de asmático ele tem (ele faz tratamento para asma). Na verdade é um risco ele ficar aqui. Ele não tem nada. Vou liberá-lo”. Deus o curou!!!
E para constatar o milagre, algumas horas após o Samuel acordar, ele ainda não havia falado do caso, não forçamos. Mas quando ele resolveu falar, umas das primeiras coisas: “Mãe, você sabia que Jesus me ressuscitou? Ele me deu uma nova vida”. Deus seja louvado!
Quando falo do assunto, ainda sinto um frio na barriga. Jamais vou esquecer a cena que vi. Mas não quero esquecer porque guardarei para sempre a certeza do que Deus fez ali.
Quero aproveitar aqui para deixar um alerta para você: MÃE/PAI! Nunca ache que algo não vai acontecer com seu filho. Muitas vezes agimos em dois extremos: ou tudo pode acontecer com ele e nunca deixamos nosso filho viver ou pensamos que nenhum grande mal virá.
Um descuido de poucos minutos e quase perdi meu filho. Não carrego culpa porque foi uma fatalidade, mas hoje poderia não tê-lo ao meu lado. Por outro lado, após o ocorrido, fui tentada a super protegê-lo. E isso não é correto também! Algumas crianças ficam com medo de tudo e tem a vida preenchida por traumas porque as mães os protegem com exagero e vivem com receio de acidentes e riscos. Mas eu também percebi que era um erro. Fico atenta, mas não posso acabar com a vida de uma criança de 5 anos por causa de um acontecimento. Precisamos ter equilíbrio.
E sobre o caso em si, nunca é demais saber sobre primeiros socorros e colocar a criança para fazer natação. Mesmo que a criança faça alguns meses para poder aprender o básico e a, pelo menos, se livrar do afogamento. Além disso, com os primeiros socorros podemos ser canais para ajudar pessoas em risco.
Vivi uma experiência muito dolorosa e incrível ao mesmo tempo. Hoje, sem dúvida, estou mais forte e valorizo a vida do meu filho ainda mais.
Deixo para vocês a canção de um querido amigo, Paulo César Baruk, que fala sobre isso. Valorizar quem está perto, enquanto estão aqui! Obrigada pela oportunidade! Falar sobre isso enche o meu coração de gratidão a Deus! Beijo no coração de todos.

"Sei, já não são meus, vento levou
Tempos que não mais voltam e então
O que eu fiz por mim e por quem amei
Só desilusão reconheci
Não construí o que planejei
Pouco abracei e não ofereci perdão

Já não alcanço o passado
Meus limites percebi
O hoje é tudo o que tenho, isso entendi
Preciso trazer à memória histórias que desprezei
Não posso me esquecer, tenho que oferecer
Flores em Vida
Enquanto é dia"

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